Mudanças entre as edições de "Aírton Ferreira da Silva"

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===Início da Carreira===
===Início da Carreira===
Aírton Pavilhão iniciou sua carreira como primeiro [[volante]], no [[Força e Luz]], da cidade de Porto Alegre. Desde seus 13 anos, Aírton foi tido como um excelente jogador, ainda que atuando com atletas bem mais velhos que ele. Apontado como uma grande promessa, sempre teve por característica a segurança e sua qualidade técnica apuradíssima para um defensor.
Aírton Pavilhão iniciou sua carreira como primeiro [[volante]], no [[Força e Luz]], da cidade de Porto Alegre. Desde seus 13 anos, Aírton foi tido como um excelente jogador, ainda que atuando com atletas mais velhos do que ele. Apontado como uma grande promessa, sempre teve por característica a segurança e sua qualidade técnica apuradíssima para um defensor.


===A Transferência===
===A Transferência===
A qualidade do atleta não passou despercebida aos olhos da direção do [[Grêmio]]. Aos 20 anos de idade e chegando na maturidade da carreira, Aírton despertou o interesse do tricolor. Após a conclusão do [[Estádio Olímpico]], em nova vida, de casa nova e começando enfim a investir na equipe de futebol, o Grêmio foi atrás da jovem promessa do [[Força e Luz]]. A transferência para o Grêmio foi bastante curiosa, o Tricolor ainda tinha posse do seu velho pavilhão social do [[Estádio da Baixada]], que foi envolvido na negociação do atleta somado ao valor de 50 mil cruzeiros. O velho pavilhão, que foi entregue ao Clube da Timbaúva como parte do pagamento do passe do atleta, rendeu ao jogador o eterno apelido de '''Aírton Pavilhão'''.  
A qualidade do atleta não passou despercebida aos olhos da direção do [[Grêmio]]. Aos 20 anos de idade e chegando na maturidade da carreira, Aírton despertou o interesse do tricolor, mais precisamente do treinador húngaro [[László Székely]]. Após a conclusão do [[Estádio Olímpico]], em nova vida, de casa nova e começando enfim a investir na equipe de futebol, o Grêmio foi atrás da jovem promessa do [[Força e Luz]]. A transferência para o Grêmio foi bastante curiosa, o clube ainda tinha posse do seu velho pavilhão social do [[Estádio da Baixada]], que foi envolvido na negociação do atleta somado ao valor de 50 mil cruzeiros. O velho pavilhão, que foi entregue ao clube da Timbaúva como parte do pagamento do passe do atleta, rendeu ao jogador o eterno apelido de '''Aírton Pavilhão'''.  


A transferência para o Grêmio ocorreu em [[23 de junho]] de [[1954]].
A transferência para o Grêmio ocorreu em [[23 de junho]] de [[1954]].


===Aírton Pavilhão no Grêmio===
===Início no Grêmio===
Chegando no Grêmio, Aírton passou a atuar como zagueiro, ganhando notório espaço entre os titulares. Estreou no dia [[1º de agosto]] de [[1954]], em um empate de 1 x 1 com o [[Cruzeiro-RS]] e a partir daí, se firmou como um dos mais espetaculares zagueiros que já andaram pelos gramados gaúchos.  
Estreou no dia [[1º de agosto]] de [[1954]], em um empate com o [[Esporte Clube Cruzeiro|Cruzeiro]] de Porto Alegre. Meses depois, sob o comando de [[Oswaldo Azzarini Rolla|Oswaldo Rolla]], Aírton passou a atuar como zagueiro, ganhando notório espaço entre os titulares. A partir deste momento que se firmou como um dos mais espetaculares zagueiros que já andaram pelos gramados gaúchos.<ref name=reporteresportivo.wordpress.com>{{citar web|url=https://reporteresportivo.wordpress.com/atletas-do-passado/entrevista-com-o-pavilhao/|título=Entrevista com o Pavilhão|acessodata=10 de dezembro de 2018|autor=Luís Eduardo Gomes|}}</ref>


Toque refinado, sempre atuando de cabeça erguida, sem jamais usar de deslealdade e com uma qualidade técnica poucas vezes vistas em zagueiros. Essas foram as características que marcaram sua carreira.
Toque refinado, sempre atuando de cabeça erguida, sem jamais usar de deslealdade e com uma qualidade técnica poucas vezes vistas em zagueiros. Essas foram as características que marcaram sua carreira.
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Essa qualidade técnica é reconhecida por todos os que o viram jogar, sempre citando um lance emblemático: Em uma partida entre Grêmio e Santos, além de ter '''anulado completamente o "rei" Pelé, ainda aplicou um "chapéuzinho" no atleta santista'''.
Essa qualidade técnica é reconhecida por todos os que o viram jogar, sempre citando um lance emblemático: Em uma partida entre Grêmio e Santos, além de ter '''anulado completamente o "rei" Pelé, ainda aplicou um "chapéuzinho" no atleta santista'''.


Além disso, uma de suas jogadas características era levar a bola até o limite da linha de fundo, e de lá, recuar com um toque de letra a bola para as mãos do goleiro.
Uma de suas jogadas mais características, era levar a bola até o limite da linha de fundo, e de lá, recuar com um toque de letra para as mãos do goleiro. Algo praticamente inédito até os dias atuais.


===Transferência para o Santos===
===Transferência para o Santos===
As boas atuações no Grêmio no final década de 60 não passaram despercebidas, e logo, o [[Santos Futebol Clube|Santos]] se interessou pelo futebol do defensor e o levou para o litoral. A transferência ocorreu em março de [[1958]]. O zagueiro foi emprestado por 40 dias, a fim de disputar o Torneio Rio-São Paulo. Em troca, o Santos ficou de emprestar por 10 meses o ponta Dorval. Essa troca não acabou ocorrendo, pois Dorval não quis voltar para Porto Alegre. Desta forma, [[Manoel da Rocha Mourão|Mourão]], [[Alfredo Sampaio Filho|Alfredinho]] e Darci vieram em seu lugar.
As boas atuações no Grêmio no final década de 60 não passaram despercebidas, e logo, o [[Santos Futebol Clube|Santos]] se interessou pelo futebol do defensor e o levou para o litoral. A transferência ocorreu em março de [[1958]]. O zagueiro foi emprestado por 40 dias, a fim de disputar o Torneio Rio-São Paulo. Em troca, o Santos ficou de emprestar por 10 meses o ponta Dorval. Essa troca não acabou ocorrendo, pois Dorval não quis voltar para Porto Alegre. Desta forma, [[Manoel da Rocha Mourão|Mourão]], [[Alfredo Sampaio Filho|Alfredinho]] e Darci vieram em seu lugar.


Conta a lenda que Aírton Pavilhão tinha muito medo de viajar de avião e isso dificultou a adaptação do zagueiro em sua nova equipe. Segundo Aírton, ''"O Santos viajava muito"'' e isso fez com que o zagueiro se desliga-se do futebol do centro do país. Na verdade, o defensor não se adaptou ao clube paulista, e depois de atuar em apenas dois jogos, voltou ao Grêmio por livre iniciativa.
Conta a lenda que Aírton Pavilhão tinha muito medo de viajar de avião e isso dificultou a adaptação do zagueiro em sua nova equipe. Segundo Aírton, ''"O Santos viajava muito"'', encurtando sua passagem no futebol do centro do país. Efetivamente, o defensor não se adaptou ao clube paulista, e depois de atuar em apenas dois jogos, voltou ao Grêmio por livre iniciativa.


===O Retorno ao Grêmio===
===Retorno ao Grêmio===
Menos de um mês depois do empréstimo ao Santos, Aírton retornou ao Grêmio. Uma peça fundamental da espetacular geração dos anos 50 e 60 do Grêmio, Pavilhão continuava sendo o grande destaque na defesa tricolor. Com virilidade e uma técnica ainda mais apurada, no auge de sua carreira, ajudou o Grêmio a empilhar diversos campeonatos e a alavancar o clube para uma projeção nacional. No Grêmio venceu 11 [[Campeonato Gaúcho de Futebol|campeonatos gaúchos]] em 12 disputados, além de diversos [[Campeonato Citadino de Porto Alegre|citadinos]] e o [[Campeonato Sul-Brasileiro de Futebol|Sul-Brasileiro]] invicto de [[1962]].


Menos de um mês depois do empréstimo ao Santos, Aírton retornou ao Grêmio. Uma peça fundamental da espetacular geração de 60 do Grêmio, Pavilhão continuava sendo o grande destaque na defesa tricolor. Com virilidade e uma técnica ainda mais apurada, no auge de sua carreira, Pavilhão ajudou o Grêmio a empilhar diversos campeonatos e a alavancar o clube para uma projeção nacional.
Sua última partida com a camiseta gremista foi no dia [[6 de novembro]] de [[1967]], no empate contra o [[Sociedade Esportiva Recreativa Perdigão|Perdigão]], na cidade de Videira, em Santa Catarina.


Sua última partida com a camiseta gremista foi no dia [[6 de novembro]] de [[1967]], empate em 2 x 2 contra o [[Sociedade Esportiva Recreativa Perdigão|Perdigão]], na cidade de Videira, em Santa Catarina.
Já em baixa, permaneceu no [[Grêmio]] por mais alguns meses até meados de [[1968]], onde renovou com o clube e foi emprestado ao Cruzeiro de Porto Alegre. Após o fim do empréstimo, acabou obtendo o passe livre, pois tinha mais de 10 anos de serviços prestados ao tricolor e 34 anos recém completados. Essa era a condição para conseguir seu próprio passe. Assim, depois de 14 anos de contrato e de diversas glórias e títulos, se desligou definitivamente do Grêmio.


Já em baixa, permaneceu no [[Grêmio]] por mais alguns meses até meados de [[1968]], onde renovou com o clube e foi emprestado ao [[Esporte Clube Cruzeiro|Cruzeiro]] de Porto Alegre. Após o fim do empréstimo, acabou obtendo o passe livre, pois tinha mais de 10 anos de serviços prestados ao tricolor e 34 anos recém completados. Essa era a condição para conseguir seu próprio passe. Assim, depois de 14 anos de contrato, se desligou definitivamente do Grêmio.
Posteriormente, teve uma rápida passagem pelo [[Associação Almirante Barroso-São José de Futebol e Regatas|Barroso-São José]] e encerrou sua carreira em [[1972]], atuando pela [[Associação Cruz_Alta de Futebol|ACAFOL]] em Cruz Alta.
 
Posteriormente, teve uma rápida passagem pelo [[Associação Almirante Barroso-São José de Futebol e Regatas|Barroso-São José]] e encerrou sua carreira em [[1971]], atuando pela [[Associação Cruz_Alta de Futebol|ACAFOL]] em Cruz Alta.


===Seleção Brasileira===
===Seleção Brasileira===
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Aírton Pavilhão também vestiu a camisa da [[Seleção Brasileira de Futebol|Seleção Brasileira]]. Na condição de suplente, conquistou o título do Campeonato Pan-Americano de [[1956]]. Ademais, como titular e capitão, foi vice-campeão pan-americano de [[1960]] na Costa Rica, inclusive eleito o melhor zagueiro-central pelo jornal local "La Nación". Nessas duas competições a seleção brasileira foi representada pela [[Seleção Gaúcha de Futebol]].
Aírton Pavilhão também vestiu a camisa da [[Seleção Brasileira de Futebol|Seleção Brasileira]]. Na condição de suplente, conquistou o título do Campeonato Pan-Americano de [[1956]]. Ademais, como titular e capitão, foi vice-campeão pan-americano de [[1960]] na Costa Rica, inclusive eleito o melhor zagueiro-central pelo jornal local "La Nación". Nessas duas competições a seleção brasileira foi representada pela [[Seleção Gaúcha de Futebol]].


Também participou da preparação da seleção brasileira para a Copa do Mundo de [[1962]], esteve convocado na primeira lista, era o único jogador fora do eixo Rio-São Paulo. Acabou sendo cortado pelo técnico Aymoré Moreira, que preferiu levar Bellini e Mauro, campeões do mundo em 1958.
Também participou da preparação da seleção brasileira para a Copa do Mundo de 1962, esteve convocado na primeira lista, onde era o único jogador fora do eixo Rio-São Paulo. Acabou sendo cortado pelo técnico Aymoré Moreira, que preferiu levar Bellini e Mauro, campeões do mundo em 1958.<ref name=cbf.com.br>{{citar web|url=https://www.cbf.com.br/selecao-brasileira/noticias/selecao-masculina/em-joguei-na-selecao-brasileira-airton-zagueiro-do-gremio-convocado-para-a-copa-de-1962|título="Eu joguei na Seleção Brasileira": Aírton foi convocado para a Copa de 1962|acessodata=10 de dezembro de 2018|autor=Assessoria CBF|}}</ref>


===Falecimento===  
===Falecimento e Legado===  
Entre as várias homenagens que recebeu ainda em vida, Aírton deu o seu nome para um dos pavilhões do [[Centro de Formação e Treinamento Presidente Hélio Dourado|Centro de Treinamentos de Eldorado do Sul]], utilizado para os treinamentos da categorias de base do Grêmio. Também foi atleta laureado do Grêmio e homenageado na Calçada da Fama, além de ter atuado como conselheiro do clube entre [[2007]]-[[2012]].<ref name=http://globoesporte.globo.com>{{citar web|url=http://globoesporte.globo.com/rs/futebol/times/gremio/noticia/2012/04/morre-o-ex-zagueiro-do-gremio-airton-pavilhao.html|título=Morre o ex-zagueiro do Grêmio Airton Pavilhão|acessodata=11 de dezembro de 2018|autor=Globoesporte|}}</ref>


Em [[3 de abril]] de [[2012]], o dia foi triste para toda nação gremista. Nos deixou aos 77 anos de idade, Aírton Pavilhão, vítima de uma infecção generalizada nos órgãos.
Em [[3 de abril]] de [[2012]], faleceu aos 77 anos de idade, vítima de uma infecção generalizada nos órgãos.<ref name=esporte.uol.com.br>{{citar web|url=https://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2012/04/03/zagueiro-historico-do-gremio-airton-pavihao-morre-aos-77-anos.htm|título=Zagueiro histórico do Grêmio, Airton Pavilhão morre aos 77 anos|acessodata=11 de dezembro de 2018|autor=UOL|}}</ref>
 
 
No dia [[30 de março]] de [[2016]], foi aprovado por unanimidade pela Câmara de Vereadores de Porto Alegre, o projeto da criação da rua Aírton Ferreira da Silva - "O Pavilhão", localizada no Bairro Humaitá, próximo a atual [[Arena do Grêmio]].
No dia [[30 de março]] de [[2016]], foi aprovado por unanimidade pela Câmara de Vereadores de Porto Alegre, o projeto da criação da rua Aírton Ferreira da Silva - "O Pavilhão", localizada no Bairro Humaitá, próximo a atual [[Arena do Grêmio]].<ref name=osul.com.br>{{citar web|url=http://www.osul.com.br/airton-pavilhao-vira-nome-de-rua-perto-da-arena/|título=Airton Pavilhão vira nome de rua perto da Arena|acessodata=11 de dezembro de 2018|autor=O Sul|}}</ref>


Além de marcar seu nome como um dos mais extraordinários zagueiros que já pisaram no Brasil, Aírton ainda deixou um legado vitorioso com a camiseta tricolor, com a retomada da hegemonia do clube no estado, de sempre ser lembrado e reverenciado na memória, pela torcida que outrora teve a grande honra de reverencia-lo pelos gramados do [[Estádio Olímpico|Olímpico]].
Além de marcar seu nome como um dos mais extraordinários zagueiros que já pisaram no Brasil, Aírton ainda deixou um legado vitorioso com a camiseta tricolor, com a retomada da hegemonia do clube no estado, de sempre ser lembrado e reverenciado na memória, pela torcida que outrora teve a grande honra de reverencia-lo pelos gramados do [[Estádio Olímpico|Olímpico]].
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===Grêmio===
===Grêmio===
* [[Arquivo:Taça Diversa.png|13px]] [[Campeonato Sul-Brasileiro de Futebol|Campeonato Sul-Brasileiro]]: [[Campeonato Sul-Brasileiro de Futebol de 1962|1962]]
* [[Arquivo:Taça Diversa.png|13px]] [[Campeonato Sul-Brasileiro de Futebol|Campeonato Sul-Brasileiro]]: [[Campeonato Sul-Brasileiro de Futebol de 1962|1962]]
* {{BR-RSb}} [[Campeonato Gaúcho]]: [[Campeonato Gaúcho de Futebol de 1956|1956]], [[Campeonato Gaúcho de Futebol de 1957|1957]], [[Campeonato Gaúcho de Futebol de 1958|1958]], [[Campeonato Gaúcho de Futebol de 1959|1959]], [[Campeonato Gaúcho de Futebol de 1960|1960]], [[Campeonato Gaúcho de Futebol de 1962|1962]], [[Campeonato Gaúcho de Futebol de 1963|1963]], [[Campeonato Gaúcho de Futebol de 1964|1964]], [[Campeonato Gaúcho de Futebol de 1965|1965]], [[Campeonato Gaúcho de Futebol de 1966|1966]], [[Campeonato Gaúcho de Futebol de 1967|1967]]
* {{BR-RSb}} [[Campeonato Gaúcho]]: [[Campeonato Gaúcho de Futebol de 1956|1956]], [[Campeonato Gaúcho de Futebol de 1957|1957]], [[Campeonato Gaúcho de Futebol de 1958|1958]], [[Campeonato Gaúcho de Futebol de 1959|1959]], [[Campeonato Gaúcho de Futebol de 1960|1960]], [[Campeonato Gaúcho de Futebol de 1962|1962]], [[Campeonato Gaúcho de Futebol de 1963|1963]], [[Campeonato Gaúcho de Futebol de 1964|1964]], [[Campeonato Gaúcho de Futebol de 1965|1965]], [[Campeonato Gaúcho de Futebol de 1966|1966]] e [[Campeonato Gaúcho de Futebol de 1967|1967]]
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== Entrevistas ==
== Entrevistas ==
{{Predefinição:Grêmio TV: Entrevista com Airton Ferreira da Silva}} {{Predefinição:Airton Pavilhão em entrevista histórica com Sílvio Benfica Set 2010}}
{{Predefinição:Grêmio TV: Entrevista com Airton Ferreira da Silva}} {{Predefinição:Airton Pavilhão em entrevista histórica com Sílvio Benfica Set 2010}}
== Agradecimento ==
Agradecemos ao acervo do Jornal "Diário de Notícias" e do "Jornal do Dia" da Biblioteca Nacional, que com as informações fornecidas permitiram recuperar fato importante da história do Grêmio.


{{Referências}}
{{Referências}}

Edição das 08h21min de 11 de dezembro de 2018

Aírton Pavilhão
Aírton Pavilhão
Aírton Pavilhão
Informações pessoais
Nome completo Aírton Ferreira da Silva
Data de nasc. 31 de outubro de 1934
Local de nasc. Porto Alegre (RS), Brasil
Nacionalidade brasileiro
Falecido em 3 de abril de 2012 (77 anos)
Local da morte Porto Alegre, Brasil
Altura 1,87 metros
Direito
Apelido Pavilhão, Queixada
Inscrição CBF 14905
Informações profissionais
Posição Zagueiro
Números no Grêmio como Jogador
Jogos Gols Média
601 18 0.03
  • A estatística pode estar incompleta.
Clubes de juventude
Brasil Força e Luz
Clubes profissionais
Anos Clubes
1949-1954
1954-1968
1958
1968
1969
1972
Brasil Força e Luz
Brasil Grêmio
Brasil Santos (emp.)
Brasil Cruzeiro-RS (emp.)
Brasil Barroso-São José
Brasil ACAFOL
Seleção nacional
1956-1960 Brasil Brasil 0006 0000(0)




Aírton Ferreira da Silva, mais conhecido como Aírton Pavilhão (Porto Alegre-RS, 31 de outubro de 1934 - Porto Alegre-RS, 3 de abril de 2012) foi um futebolista brasileiro que atuou na posição de zagueiro durante a maior parte de sua carreira. É um dos maiores jogadores do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, com 19 títulos oficiais conquistados, um recorde na história do clube.

Início da Carreira

Aírton Pavilhão iniciou sua carreira como primeiro volante, no Força e Luz, da cidade de Porto Alegre. Desde seus 13 anos, Aírton foi tido como um excelente jogador, ainda que atuando com atletas mais velhos do que ele. Apontado como uma grande promessa, sempre teve por característica a segurança e sua qualidade técnica apuradíssima para um defensor.

A Transferência

A qualidade do atleta não passou despercebida aos olhos da direção do Grêmio. Aos 20 anos de idade e chegando na maturidade da carreira, Aírton despertou o interesse do tricolor, mais precisamente do treinador húngaro László Székely. Após a conclusão do Estádio Olímpico, em nova vida, de casa nova e começando enfim a investir na equipe de futebol, o Grêmio foi atrás da jovem promessa do Força e Luz. A transferência para o Grêmio foi bastante curiosa, o clube ainda tinha posse do seu velho pavilhão social do Estádio da Baixada, que foi envolvido na negociação do atleta somado ao valor de 50 mil cruzeiros. O velho pavilhão, que foi entregue ao clube da Timbaúva como parte do pagamento do passe do atleta, rendeu ao jogador o eterno apelido de Aírton Pavilhão.

A transferência para o Grêmio ocorreu em 23 de junho de 1954.

Início no Grêmio

Estreou no dia 1º de agosto de 1954, em um empate com o Cruzeiro de Porto Alegre. Meses depois, sob o comando de Oswaldo Rolla, Aírton passou a atuar como zagueiro, ganhando notório espaço entre os titulares. A partir deste momento que se firmou como um dos mais espetaculares zagueiros que já andaram pelos gramados gaúchos.[1]

Toque refinado, sempre atuando de cabeça erguida, sem jamais usar de deslealdade e com uma qualidade técnica poucas vezes vistas em zagueiros. Essas foram as características que marcaram sua carreira.

Essa qualidade técnica é reconhecida por todos os que o viram jogar, sempre citando um lance emblemático: Em uma partida entre Grêmio e Santos, além de ter anulado completamente o "rei" Pelé, ainda aplicou um "chapéuzinho" no atleta santista.

Uma de suas jogadas mais características, era levar a bola até o limite da linha de fundo, e de lá, recuar com um toque de letra para as mãos do goleiro. Algo praticamente inédito até os dias atuais.

Transferência para o Santos

As boas atuações no Grêmio no final década de 60 não passaram despercebidas, e logo, o Santos se interessou pelo futebol do defensor e o levou para o litoral. A transferência ocorreu em março de 1958. O zagueiro foi emprestado por 40 dias, a fim de disputar o Torneio Rio-São Paulo. Em troca, o Santos ficou de emprestar por 10 meses o ponta Dorval. Essa troca não acabou ocorrendo, pois Dorval não quis voltar para Porto Alegre. Desta forma, Mourão, Alfredinho e Darci vieram em seu lugar.

Conta a lenda que Aírton Pavilhão tinha muito medo de viajar de avião e isso dificultou a adaptação do zagueiro em sua nova equipe. Segundo Aírton, "O Santos viajava muito", encurtando sua passagem no futebol do centro do país. Efetivamente, o defensor não se adaptou ao clube paulista, e depois de atuar em apenas dois jogos, voltou ao Grêmio por livre iniciativa.

Retorno ao Grêmio

Menos de um mês depois do empréstimo ao Santos, Aírton retornou ao Grêmio. Uma peça fundamental da espetacular geração dos anos 50 e 60 do Grêmio, Pavilhão continuava sendo o grande destaque na defesa tricolor. Com virilidade e uma técnica ainda mais apurada, no auge de sua carreira, ajudou o Grêmio a empilhar diversos campeonatos e a alavancar o clube para uma projeção nacional. No Grêmio venceu 11 campeonatos gaúchos em 12 disputados, além de diversos citadinos e o Sul-Brasileiro invicto de 1962.

Sua última partida com a camiseta gremista foi no dia 6 de novembro de 1967, no empate contra o Perdigão, na cidade de Videira, em Santa Catarina.

Já em baixa, permaneceu no Grêmio por mais alguns meses até meados de 1968, onde renovou com o clube e foi emprestado ao Cruzeiro de Porto Alegre. Após o fim do empréstimo, acabou obtendo o passe livre, pois tinha mais de 10 anos de serviços prestados ao tricolor e 34 anos recém completados. Essa era a condição para conseguir seu próprio passe. Assim, depois de 14 anos de contrato e de diversas glórias e títulos, se desligou definitivamente do Grêmio.

Posteriormente, teve uma rápida passagem pelo Barroso-São José e encerrou sua carreira em 1972, atuando pela ACAFOL em Cruz Alta.

Seleção Brasileira

Aírton Pavilhão também vestiu a camisa da Seleção Brasileira. Na condição de suplente, conquistou o título do Campeonato Pan-Americano de 1956. Ademais, como titular e capitão, foi vice-campeão pan-americano de 1960 na Costa Rica, inclusive eleito o melhor zagueiro-central pelo jornal local "La Nación". Nessas duas competições a seleção brasileira foi representada pela Seleção Gaúcha de Futebol.

Também participou da preparação da seleção brasileira para a Copa do Mundo de 1962, esteve convocado na primeira lista, onde era o único jogador fora do eixo Rio-São Paulo. Acabou sendo cortado pelo técnico Aymoré Moreira, que preferiu levar Bellini e Mauro, campeões do mundo em 1958.[2]

Falecimento e Legado

Entre as várias homenagens que recebeu ainda em vida, Aírton deu o seu nome para um dos pavilhões do Centro de Treinamentos de Eldorado do Sul, utilizado para os treinamentos da categorias de base do Grêmio. Também foi atleta laureado do Grêmio e homenageado na Calçada da Fama, além de ter atuado como conselheiro do clube entre 2007-2012.[3]

Em 3 de abril de 2012, faleceu aos 77 anos de idade, vítima de uma infecção generalizada nos órgãos.[4]

No dia 30 de março de 2016, foi aprovado por unanimidade pela Câmara de Vereadores de Porto Alegre, o projeto da criação da rua Aírton Ferreira da Silva - "O Pavilhão", localizada no Bairro Humaitá, próximo a atual Arena do Grêmio.[5]

Além de marcar seu nome como um dos mais extraordinários zagueiros que já pisaram no Brasil, Aírton ainda deixou um legado vitorioso com a camiseta tricolor, com a retomada da hegemonia do clube no estado, de sempre ser lembrado e reverenciado na memória, pela torcida que outrora teve a grande honra de reverencia-lo pelos gramados do Olímpico.




Títulos

Grêmio

Seleção Brasileira

  • Campeonato Pan-Americano: 1956

Entrevistas

Agradecimento

Agradecemos ao acervo do Jornal "Diário de Notícias" e do "Jornal do Dia" da Biblioteca Nacional, que com as informações fornecidas permitiram recuperar fato importante da história do Grêmio.

Referências

  1. Luís Eduardo Gomes. Entrevista com o Pavilhão. Visitado em 10 de dezembro de 2018.
  2. Assessoria CBF. "Eu joguei na Seleção Brasileira": Aírton foi convocado para a Copa de 1962. Visitado em 10 de dezembro de 2018.
  3. Globoesporte. Morre o ex-zagueiro do Grêmio Airton Pavilhão. Visitado em 11 de dezembro de 2018.
  4. UOL. Zagueiro histórico do Grêmio, Airton Pavilhão morre aos 77 anos. Visitado em 11 de dezembro de 2018.
  5. O Sul. Airton Pavilhão vira nome de rua perto da Arena. Visitado em 11 de dezembro de 2018.