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'''Mohrdieck''' era comerciante, em Hamburgo, e em 1908, jogou pelo clube <span title="Sport-Club Victoria Hamburg von 1895 e. V.">Victoria</span>, da mesma cidade. Teria chegado em Porto Alegre no final de outubro de 1910, no Vapor Vênus, e a partida da Alemanha para o Brasil deu-se em 10 de setembro de 1910. <ref>{{citar web|URL=http://memoria.bn.br/DocReader/cache/17741009558833/I0023334-2Alt=001919Lar=001330LargOri=004830AltOri=006968.JPG|título=jornal '''A FEDERAÇÃO'''|publicado=edição de de Novembro de 1910|}}</ref>
Mohrdieck nasceu em Hamburgo, em 1889, um dos cinco filhos do casal Berta e Claus. Com 20 anos, em início de carreira, conheceu um colega que retornara de um período em Porto Alegre e aceitou o convite para trabalhar por um período de três anos na firma de fazendas e armarinhos FG Bier & Cia, posteriormente Bier & Ullmann, com sede na Rua Voluntários da Pátria. Da Alemanha, Mohrdieck partiu em 8 de setembro de 1910, no vapor Sigmund, da Companhia Hamburguesa de Navegação. Seu desembarque e imigração foi efetuado em Rio Grande, de onde seguiu, no vapor Vênus, a Porto Alegre, aonde chegou no dia 2 de novembro.


Em Porto Alegre atuou pelo {{Futebol Grêmio}} de 1911 a 1920, tendo jogado 95 jogos pelo time principal, obtido 73 vitórias, 8 empates e 14 derrotas. Marcou 19 gols pelo tricolor. Um dos primeiros grandes nomes na história do {{Futebol Grêmio}}, era altamente técnico e considerado mestre na posição por '''A Federação'''. Formou, durante parte do tempo, excepcional dupla de zaga com {{Bruno Arnold Schuback|1}}. Ambos foram os melhores zagueiros do [[Campeonato Citadino de Porto Alegre de 1911|campeonato de 1911]], segundo os jornais da época (com um oceano de votos à frente dos colorados '''Médici''' e '''Ygartua''' em pesquisa popular).
No ano seguinte à sua chegada, Mohrdieck foi levado por seu conterrâneo [[Bruno Arnold Schuback|Bruno Schuback]] ao Grêmio. Ambos tinham experiência com o futebol, tendo Mohrdieck atuado no Victoria e Schuback no Germania, quando ainda estavam em Hamburgo. Juntos, acabaram formando uma grande dupla de zaga. Ambos desenvolveram uma amizade muito significativa, encerrada apenas com o falecimento de Schuback. Mohrdieck e Schuback também eram concunhados, visto que ambos se casaram com duas das filhas de John William Day, respectivamente, Elza e Eda. Uma terceira irmã, Valesca, casou-se com [[Carlos Oscar Mostardeiro|Carlos Mostardeiro]].
 
Com sua experiência, em especial na questão técnica, Mohrdieck contribuiu para o aperfeiçoamento do futebol gremista. Atuava em praticamente todas as partidas, tendo apenas se afastado ao longo da temporada de 1918, por motivo de saúde. Foi seis vezes campeão citadino pelo Grêmio. Participou de partidas históricas, como as contra o selecionado uruguaio, em 1912, e contra as seleções paulista e carioca, em 1913. Por sua atuação dentro e fora de campo, foi um dos primeiros atletas a receber a honraria de [[Atletas Laureados|atleta laureado do Grêmio]].
 
Durante toda a sua carreira no Grêmio, manteve-se fiel ao amadorismo. Depois de seu emprego inicial na FG Bier, ainda em 1912, passou a trabalhar na Broomberg SA. De lá saiu em 1919 para, junto com seu colega [[Ernst Johannes Heinrich Hanssen|Ernesto Hanssen]], inaugurar o Bazar A Tricolor, especializado em artigos para jogos e esportes. Deixou o empreendimento em 1924 para trabalhar na firma de Germano Lemcke, onde permaneceu por muitas décadas, até sua aposentadoria.
 
Em 1961, seu irmão Guilherme foi quem recepcionou a delegação gremista em sua chegada a Hamburgo. Permaneceu ligado ao Grêmio ao longo de toda a sua vida, tendo sido membro do conselho deliberativo e do conselho fiscal, além de locatório de cadeiras no [[Estádio Olímpico Monumental|Estádio]] e no [[Ginásio David Gusmão|Ginásio]] Olímpico. Com Elsa Day, teve três filhos, Carlos, Bruno e Gerda.<ref>Revista do Grêmio n. 49, 1970.</ref>


==Títulos==
==Títulos==

Edição das 13h53min de 2 de junho de 2021

Icone Livro.png História

Mohrdieck nasceu em Hamburgo, em 1889, um dos cinco filhos do casal Berta e Claus. Com 20 anos, em início de carreira, conheceu um colega que retornara de um período em Porto Alegre e aceitou o convite para trabalhar por um período de três anos na firma de fazendas e armarinhos FG Bier & Cia, posteriormente Bier & Ullmann, com sede na Rua Voluntários da Pátria. Da Alemanha, Mohrdieck partiu em 8 de setembro de 1910, no vapor Sigmund, da Companhia Hamburguesa de Navegação. Seu desembarque e imigração foi efetuado em Rio Grande, de onde seguiu, no vapor Vênus, a Porto Alegre, aonde chegou no dia 2 de novembro.

No ano seguinte à sua chegada, Mohrdieck foi levado por seu conterrâneo Bruno Schuback ao Grêmio. Ambos tinham experiência com o futebol, tendo Mohrdieck atuado no Victoria e Schuback no Germania, quando ainda estavam em Hamburgo. Juntos, acabaram formando uma grande dupla de zaga. Ambos desenvolveram uma amizade muito significativa, encerrada apenas com o falecimento de Schuback. Mohrdieck e Schuback também eram concunhados, visto que ambos se casaram com duas das filhas de John William Day, respectivamente, Elza e Eda. Uma terceira irmã, Valesca, casou-se com Carlos Mostardeiro.

Com sua experiência, em especial na questão técnica, Mohrdieck contribuiu para o aperfeiçoamento do futebol gremista. Atuava em praticamente todas as partidas, tendo apenas se afastado ao longo da temporada de 1918, por motivo de saúde. Foi seis vezes campeão citadino pelo Grêmio. Participou de partidas históricas, como as contra o selecionado uruguaio, em 1912, e contra as seleções paulista e carioca, em 1913. Por sua atuação dentro e fora de campo, foi um dos primeiros atletas a receber a honraria de atleta laureado do Grêmio.

Durante toda a sua carreira no Grêmio, manteve-se fiel ao amadorismo. Depois de seu emprego inicial na FG Bier, ainda em 1912, passou a trabalhar na Broomberg SA. De lá saiu em 1919 para, junto com seu colega Ernesto Hanssen, inaugurar o Bazar A Tricolor, especializado em artigos para jogos e esportes. Deixou o empreendimento em 1924 para trabalhar na firma de Germano Lemcke, onde permaneceu por muitas décadas, até sua aposentadoria.

Em 1961, seu irmão Guilherme foi quem recepcionou a delegação gremista em sua chegada a Hamburgo. Permaneceu ligado ao Grêmio ao longo de toda a sua vida, tendo sido membro do conselho deliberativo e do conselho fiscal, além de locatório de cadeiras no Estádio e no Ginásio Olímpico. Com Elsa Day, teve três filhos, Carlos, Bruno e Gerda.[1]

Títulos

Ligações externas

  1. Revista do Grêmio n. 49, 1970.