João Rodrigo Cardoso Esteves

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João Rodrigo Cardoso Esteves (Uruguaiana, 25 de novembro de 1939) é um ex-futebolista brasileiro[1].

Aos 20 anos, assinou seu primeiro contrato profissional, após destacar-se em uma olimpíada militar.[2] Foi no time de sua cidade, o Uruguaiana. Três meses depois, realizou o sonho de infância de ir para o Grêmio, após destacar-se em um amistoso contra o Tricolor.[2]

Porém, não encontrou espaço em um time que já contava para a sua posição de centroavante com os ídolos Gessy e Juarez.[2] Continuou sem ser muito aproveitado mesmo após sair-se bem em uma excursão do Grêmio pela Europa, onde marcou doze vezes e chegou a enfrentar inclusive Ferenc Puskás e o Real Madrid.[2] Acabou envolvido em uma transação com o Newell's Old Boys, então na segunda divisão argentina. Cardoso confessou que desconhecia totalmente o futebol vizinho. Mas ali não sentiu-se sozinho; a equipe de Rosário havia contratado outros sete brasileiros, na época em que o Brasil estava embalado com o bicampeonato mundial.[2]

Em 1963, a Lepra conseguiu o acesso para a elite e Cardoso tornou-se ídolo, ficando um total de quatro temporadas na equipe rubronegra, que passou a ser o seu clube de coração.[2]"O Newell's acreditou em mim, que era desconhecido na Argentina. Fui trocado, como se troca um cacho de banana", declararia.[2] Em 1966, em uma das maiores transferências do futebol argentino na época,[2] chegou a uma das grandes equipes do país, o Independiente.[2]

Estreou com tudo, marcando um gol e aproveitando bola dada como perdida para dar passe para outro, empatando uma partida em que os Diablos Rojos perdiam por 0 x 2. O adversário era o Boca Juniors, em plena La Bombonera.[2] Apesar do alto impacto, pouco ficou no clube; no ano seguinte, foi justamente para o arquirrival Racing. Como ponta-direita, participou do ano áureo da Academia, que disputaria sua primeira Taça Libertadores da América, competição que o Independiente já havia vencido duas vezes.

Após jogos truculentos pelo continente ("Era uma loucura. Tu eras maltratado, xingado, apedrejado. No campo, te atiravam pedra, garrafa. A polícia, em vez de cuidar da gente, batia também. A falta era marcada somente em caso de fratura exposta ou nariz quebrado", disse[2]), o Racing chegou à final contra o Nacional do Uruguai, que também aspirava a seu primeiro título na competição. O troféu só foi definido em campo neutro, no Chile, após dois empates sem gols. Cardoso marcou um dos gols da vitória racinguista por 2 x 1, tornando-se herói no clube.

O ano terminou com a conquista inédita do Mundial de Clubes, que time argentino algum havia vencido - o Independiente falhara em suas duas oportunidades até então. O Racing venceu os escoceses do Celtic também em campo neutro, em Montevidéu, após uma vitória para cada lado, enfrentando a grande pressão da torcida uruguaia (que apoiava os britânicos em nome da rivalidade com os argentinos).[2]

Cardoso ficou por mais dois anos no Racing, voltando ao Brasil para jogar no Náutico, mas ficou apenas quarenta dias na equipe de Recife. Após deixar de jogar, tornou-se funcionário do Departamento Estadual de Portos, Rios e Canais, aposentando-se ali como fiel de armazem. Retornou à Argentina para o seu querido Newell's Old Boys, onde aposentou-se pouco depois dos trinta anos. Seguiu festejado no Racing, sendo bastante celebrado no aniversário dos 40 anos do título mundial, em 2007.[2]

Títulos

Grêmio
  • Campeonato Sul-Brasileiro: 1962
  • Troféu Atenas: 1962
  • Troféu Salônica: 1962
Racing
  • Libertadores da América: 1967
  • Mundial de Clubes: 1967


Referências

  1. Herói de argentinos, brasileiro celebra 45 anos de gol histórico Portal Terra
  2. 2,00 2,01 2,02 2,03 2,04 2,05 2,06 2,07 2,08 2,09 2,10 2,11 2,12 CASSOL, Daniel; STÉDILE, Miguel (fevereiro de 2008). Cardoso, el campeón del mundo Revista Brasileiros, ed. 7. Visitado em 07/11/2010.