Hino do Grêmio

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O Hino, definidos em diversos dicionários como composição musical acompanhada de versos em exaltação a coisa ou pessoas, é uma das formas de expressão em música de determinada adoração. No caso do futebol, o hino é uma das formas mais genuínas de música destinada aos clubes, exaltando seus momentos de glória e feitos do passado.

Assim como outros clubes do Mundo, o Grêmio possui um hino. Na verdade, durante sua história possuiu três. No ano de 1924, por Isidoro Leal. O segundo hino foi criado em 1949, após um concurso realizado pelo Grêmio, vencido por Breno Blauth. Por fim, em 1953 foi criado o atual hino do clube pelo grande compositor Brasileiro, Lupicínio Rodrigues.

O Primeiro Hino

O primeiro hino do Grêmio foi criado em 1924, por Isidoro Leal. Isidoro era jornalista e escritor, nascido em Santana do Livramento, na fronteira entre o Rio Grande do Sul e o Uruguai, vindo a falecer na cidade de Porto Alegre, em 1950. O hino de 1924 manteve-se como hino oficial do clube até o ano de 1946 e era o seguinte:

Letra

Vibre em nós a luz da energia
que dá fulgor e faz heróis;
músculos de aço e varonia
nos façam da pátria áureos sóis

Do sul ao norte
Nos seja prêmio
A fé no Grêmio
Invicto e forte!

A nobreza, se o prélio freme,
é quem inspira o coração
Da nossa gente que não treme,
e luta sempre como um leão.

Do sul ao norte…

Filhos do Pampa erguendo a fama
Desta terra de honra e valor,
com a alma acesa, em viva chama,
por ela cante o nosso amor!

Do sul ao norte…

Segundo Hino

Em 1946 o Grêmio decidia pela criação de um novo hino. Para isso, a Direção do Clube criou um concurso para escolher a melhor composição a se tornar o novo hino oficial do Grêmio. Por fim, a Marcha de Guerra do Grêmio, composta por Breno Blauth, filho do ex-conselheiro gremista Otto Blauth, foi escolhida para substituir o hino criado em 1924. O hino gravado pela cantora e acordeonista Janete Cecin e era o seguinte:

Letra

Abram alas, abram alas
Lá vem o quadro tricolor
Nós estamos confiantes
No nosso 11 de valor

Nosso time da baixada
Não tem receio de nenhum
Pois a bola vai ao golo
E a torcida quer mais um

O Gremio é o tal
Não teme seu rival
É o mosqueteiro do esporte nacional
O nosso tricolor é um quadro de valor
Ele é fidalgo, é destemido e é leal

Viva o Grêmio, Viva o Grêmio
Não ganhará o jogo em vão
De conquista em conquista
Vai ser de novo campeão

Terceiro e atual Hino

Em 1953 o Grêmio decidiu realizar concurso entre os torcedores para criar um hino comemorativo devido ao cinquentenário da instituição. Um dos participantes de tal concurso foi Lupicínio Rodrigues, gremista fanático e grande nome da música nacional, que viria a ganhar o concurso com sua composição.

O hino foi composto por Lupicínio no Restaurante Copacabana, na cidade de Porto Alegre, sendo que, pelo brilhantismo de sua composição, acabou desbancando o então hino oficial, composto por Breno Blauth, de 1946.

Até a pé nós iremos

Uma das mais famosas frases do Gremismo, "até a pé nós iremos", é até hoje de origem incerta. Existem duas versões existentes sobre sua origem, a mais difundida dá conta que em razão da greve de bondes em Porto Alegre, Lupicínio e os demais torcedores tiveram que ir a pé até o Estádio dos Eucaliptos]] para assistir um Gre-Nal e que deste fato surgira a célebre frase. A segunda vertente vem do jornalista Luiz Mendes que, em depoimento a Marcelo Ferla no livro Imortal Tricolor, afirma que a saudosa frase veio de fato ocorrido em 24 de maio de 1952, quando o compositor viajava com a delegação do Grêmio para Cachoeira do Sul onde o clube enfrentaria o Cachoeira; na oportunidade o ônibus do time foi impedido de chegar no estádio devido a obras, sendo que a delegação foi, a pé, até o estádio do adversário, onde venceram por 5x3.

Com o Grêmio onde o Grêmio estiver

Publicações

Livros
  • FERLA, Marcelo Câmara. Imortal Tricolor 100 Anos de Glória. L&PM Editores, 2002. ISBN 85-254-1245-7

Referências