Mudanças entre as edições de "Títulos: Copa Libertadores de 1995"

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Em [[30 de agosto]] de [[1995]], o time comandado pelo grande técnico gaúcho [[Luiz Felipe Scolari]] com diversos craques que marcariam um tempo áureo do clube, conquistou sua segunda [[Copa Libertadores da América]], o papão dos anos 80 estava de volta após um curto período de crise e, assim como em [[1983]], tinha rivais grandes rivais, muitos até melhores em qualidade, mas na raça e amor a camisa superávamos cada um dos obstáculos que nos eram impostos.
#REDIRECIONAMENTO [[Copa Libertadores da América de 1995]]
 
==A Copa==
[[Arquivo:Atleticonacional libertadores.jpg|200px|thumb|rigth|Atlético Nacional, Campeão da Libertadores de 1989]]
Criada no ano de [[1960]], a [[Taça Libertadores da América]] já havia contado com a presença do Imortal Tricolor, que estreou na competição continental em [[1982]], conquistou em [[1983]], foi vice em [[1984]] e participou em [[1990]]. O Grêmio chegava a sua quinta participação em um status diferenciado daquele da segunda disputa, era um dos favoritos, mas, como sempre, existia aquele que era o principal rival, mais forte e preparado, era o [[Sociedade Esportiva Palmeiras|Palmeiras]], candidatíssimo a conquista daquele ano.
 
Muita coisa havia mudado dos [[anos 80]] para cá, [[Club Atlético Peñarol|Peñarol]], [[Club Atlético Independiente|Independiente]], [[Club Estudiantes de La Plata|Estudiantes]] e [[Club Nacional de Football|Nacional]], as forças máximas do futebol da década anterior, já não eram as estrelas da competição, dando lugar a outros destaques que ocupariam o cenário futebolístico sul-americano com igual importância, como [[Club Atlético River Plate|River Plate]], [[Club Olimpia|Olímpia]], [[Club Cerro Porteño|Cerro Porteño]], [[Club Atlético Boca Juniors|Boca Juniors]] e [[Corporación Deportiva América|América de Cali]]. Do lado brasileiro não eram mais o [[Clube de Regatas do Flamengo|Flamengo]] que, com o [[Grêmio]], dominava o cenário nacional, mas [[São Paulo Futebol Clube|São Paulo]] e [[Sociedade Esportiva Palmeiras|Palmeiras]] que agora faziam frente ao Tricolor na busca dos títulos de [[Década de 90|90]].
 
==Pré-Jogo==
[[Arquivo:Paulao-Vs-Rivaldo-94.jpg|100px|thumb|left|Final da Copa do Brasil de 1995]]
Munticampeão nos [[Década de 80|anos 80]], o [[Grêmio]] terminava uma década de ouro em grande estilo, um [[Mundial de Clubes|Mundial]], uma [[Copa Libertadores da América|Libertadores]], um [[Campeonato Brasileiro de Futebol|Campeonato Brasileiro]], seis [[Campeonato Gaúcho de Futebol|Gauchões]] e, para finalizar, uma [[Copa do Brasil]] recém criada em [[1989]]. Todos os anos era uma disputa de títulos, fato que prosseguiu em [[1990]] na conquista da [[Supercopa do Brasil]] e no terceiro lugar do [[Campeonato Brasileiro de Futebol de 1990|Brasileirão]] do mesmo ano.
 
Apesar de promissora, a vida gremista não foi só mar de rosas. Após uma ótima campanha no ano anterior, em [[1991]] o Tricolor sofria sua maior derrota, o rebaixamento no [[Campeonato Brasileiro de Futebol de 1991|Campeonato Brasileiro]]. A situação era caótica, a apresentação de [[1990]] e o vice-campeonato da [[Copa do Brasil de 1991|Copa do Brasil de 91]] não prenunciavam o futuro terrível, mas, infelizmente, caímos. Com chances de se salvar no último jogo, o time foi mal escalado e perdeu por 3x1 para o [[Botafogo de Futebol e Regatas|Botafogo]] que não disputava nada na competição.
 
Foi então que o clube buscou uma reação, conseguiu o retorno a Série A no ano seguinte e foi vice-campeão da [[Copa do Brasil de 1993|Copa do Brasil]] contra o Cruzeiro em [[1993]]. Em [[1994]] fez um bom time para conquistar a [[Copa do Brasil]], retornando a [[Copa Libertadores da América|Libertadores]], seu habitat natural.
 
==A conquista==
[[Arquivo:palmeirasvsgremio.jpg|200px|thumb|rigth|Grêmio e Palmeiras na Libertadores de 1995]]
Via [[Copa do Brasil]] chegava o [[Grêmio]] para a disputa do maior título das Américas, a [[Copa Libertadores]] era a competição mais cobiçada pelo clube gaúcho e, de quebra, dava o direito a disputar o [[Mundial de Clubes]] contra o campeão da Europa.
 
[[Arquivo:Jardelcomemoracao.jpg|200px|thumb|left|Jardel, o grande nome do Grêmio]]
O favorito naquele ano era o [[Sociedade Esportiva Palmeiras|Palmeiras]], a "Seleção Parmalat", como era chamada, era treinada pelo ex-técnico campeão do Mundo pelo Imortal, [[Valdir Espinosa]], tinha [[Alexandro Alves do Nascimento|Alex Alves]], [[Roberto Carlos da Silva|Roberto Carlos]], [[Paulo Isidoro de Jesus|Paulo Isidoro]], [[Edmundo Alves de Souza Neto|Edmundo]], [[Rivaldo Vítor Borba Ferreira|Rivaldo]] e [[Marcos Evangelista de Morais|Cafú]], somente citando alguns. Na época o clube era patrocinado pela empresa Parmalat (a mesma que levou o [[Esporte Clube Juventude|Juventude]] de Caxias do Sul aos maiores títulos de sua história) tinha muito dinheiro e comprou o que de melhor existia no mercado, era um time para ser campeão de tudo.
 
Além do [[Sociedade Esportiva Palmeiras|Palmeiras]], existiam outros rivais candidatos a taça, dentre eles o então campeão da Libertadores, [[Club Atlético Vélez Sarsfield|Vélez Sársfield]], o forte [[Club Atlético River Plate|River Plate]], os experientes [[Club Atlético Peñarol|Peñarol]] e [[Club Atlético Independiente|Independiente]], além das sensações da década, a escola de futebol Paraguaia, com [[Club Olimpia|Olímpia]] e [[Club Cerro Porteño|Cerro Porteño]]. Sem dúvida [[Club Olimpia|Olímpia]] e [[Club Atlético River Plate|River Plate]] eram as equipes mais perigosas, com os argentinos de Buenos Aires em alta e o clube alvinegro paraguaio batendo na trave nas edições anteriores, a dupla brasileira da competição poderia ter problemas.
 
Na primeira fase o [[Grêmio]] caiu no "grupo da morte", a nossa chave era o Grupo 4, com [[Sociedade Esportiva Palmeiras|Palmeiras]], [[Club Sport Emelec|Emelec]] e [[Club Deportivo El Nacional|El Nacional]]. Iniciamos da pior forma, jogando em São Paulo contra o [[Sociedade Esportiva Palmeiras|Palmeiras]] e com derrota, 3x2 para os rivais, o jogo foi disputado, com o Imortal conseguindo a igualdade duas vezes. No final, terminamos na segunda colocação com três vitórias, dois empates e uma derrota, sem conseguir vencer o Verdão Paulista.
 
[[Arquivo:Adilsoneataca.jpg|200px|thumb|rigth|O ''Capitão América'', Adilson, com a Taça da Libertadores de 1995]]
As oitavas-de-final foram maldosas com o Tricolor, pegamos o adversário mais difícil entre os duelos, o [[Club Olimpia|Olímpia]]. Apesar da dificuldade, goleamos por 3x0 no Paraguai, um jogo e resultado excelentes. Depois da bela atuação confirmamos a classificação no [[Estádio Olímpico Monumental]], com mais um 2x0. A próxima fase era contra o [[Sociedade Esportiva Palmeiras|Palmeiras]], uma verdadeira final antecipada da competição.
 
No dia [[26 de julho]], o Grêmio recebeu a equipe paulista para o primeiro jogo, no final o resultado de 5x0 assustava qualquer amante do futebol, os gaúchos trucidaram o rival e podiam perder por até 4x0 que ficariam com a vaga. Pouco preocupado, o time gremista foi para o jogo de volta em São Paulo para cumprir tabela e fez mais um gol (resultado até então 6X0) e dormiu, a consequência foi um perigosíssimo 5x1 que quase tirou o clube do caminho de mais um grande título, subestimamos o rival e quase pagamos pela arrogância.
 
Depois do susto, o Imortal seguiu para a semifinal contra bom [[Club Sport Emelec|Emelec]]. A equipe equatoriana nunca havia vencido uma competição continental, mas se fazia presente na Libertadores seguidamente e nas fazes anteriores despachou [[Club Cerro Porteño|Cerro Porteño]] e [[Club Sporting Cristal|Sporting Cristal]]. O primeiro jogo foi em Guayaquil, onde empatamos sem gols, no jogo de volta um resultado de 2x0 enchia de esperanças a nação tricolor, isso porque o grande rival de então, o temido [[Club Atlético River Plate|River Plate]], havia sido eliminado surpreendentemente pelo [[Club Atlético Nacional|Atlético Nacional]] da Colômbia, jogando na Argentina.
 
Ao contrário do que havia acontecido em [[1983]], o Grêmio disputou o primeiro jogo da final no [[Estádio Olímpico Monumental]]. Com facilidade aplicamos 3x0 nos colombianos, com grande atuação da dupla [[Arílson de Paula Nunes|Paulo Nunes]] e [[Mário Jardel Almeida Ribeiro|Jardel]], mas permitimos o gol de honra rival, 3x1 no placar final. No segundo jogo resistimos à pressão de Medellin, empatamos por 1x1, e  carimbamos nossa participação no [[Mundial de Clubes]] contra o fenômeno europeu, [[Amsterdamsche Football Club Ajax|Ajax]], que havia vencido em maio o grande [[Associazione Calcio Milan|Milan]] na final da [[Liga dos Campeões]].
 
O time de [[Luiz Felipe Scolari]], [[Francisco Javier Arce Rolón|Arce]], [[Danrlei de Deus Hinterholz|Danrlei]], [[Adílson Dias Batista|Adilson]], [[Catalino Rivarola Méndez|Rivarola]], [[Roger Machado Marques|Roger]], [[Edi Wilson José dos Santos|Dinho]], [[Arílson de Paula Nunes|Paulo Nunes]], [[Luís Carlos Vaz da Silva|Goiano]], [[Arílson Gilberto da Costa|Arilson]], [[Carlos Miguel da Silva Júnior|Carlos Miguel]] e outros, ficou marcado na história do Imortal como um dos maiores plantéis já formados no clube, para alguns melhor até que o time [[Títulos:Mundial de Clubes de 1983|Campeão do Mundo de 83]]. Não só a qualidade marcava aquele Grêmio, o amor a camisa e a raça foram essenciais para vencer equipes mais fortes, mas, talvez, não tão capacitadas para ser '''Campeã da Libertadores de 1995'''.
 
 
==Ficha técnica==
===Primeiro Jogo===
{{:Ficha Técnica: Grêmio 3 x 1 Atlético Nacional - 23/08/1995}}
 
===Segundo Jogo===
{{:Ficha Técnica: Atlético Nacional 1 x 1 Grêmio - 30/08/1995}}
 
[[Categoria:Títulos do Grêmio]]

Edição atual tal como às 14h51min de 30 de outubro de 2017