Mudanças entre as edições de "Símbolos do Grêmio"

De Grêmiopédia, a enciclopédia do Grêmio
Ir para navegação Ir para pesquisar

Linha 106: Linha 106:


==Camisa do Grêmio==
==Camisa do Grêmio==
{{Artigo principal|Uniformes do Grêmio}}
{{Artigo principal|Eleição presidencial no Grêmio em 2014}}


==Hino do Grêmio==
==Hino do Grêmio==

Edição das 10h14min de 15 de fevereiro de 2020

No decorrer da história vários clubes de futebol iniciaram um processo de agregar símbolos a suas instituições. O Escudo geralmente aparece como primeiro símbolo de um clube, seguido da bandeira e hino, depois os mascotes, apelidos e afins. Até mesmo torcida e estádio acabam se tornando uma marca do clube e parte integrante de sua imagem. No Grêmio não é diferente, durante os anos o Imortal criou e modificou muito seus símbolos antes de ser o que são hoje. Abaixo alguns dos principais símbolos do Grêmio.

Escudo

Modelo de bolas de futebol do início do século XX, de onde foi retirada a inspiração para o escudo

O Grêmio, assim como vários outros clubes do Brasil e do Mundo, teve constantes e importantes mudanças em seu escudo no decorrer da história. Iniciado em 1903, o Grêmio teve como primeiro símbolo um emblema em azul e branco, logo depois substituiu esse por um escudo em formato de bola de futebol, que se manteve durante as décadas, sofrendo diversas alterações. Em alguns anos, como em 1922 e em 1953 o escudo do Grêmio contou com a cor amarela, em que pese não seja uma de suas cores oficiais.

Não se sabe exatamente quando o escudo do Grêmio passou do modelo inicial de 1903 para o modelo de 1920 por a falta de fontes impede a indicação de uma data precisa. Dentre os modelos abaixo expostos, dois são comemorativos, o de 1922 em comemoração aos 100 anos da Independência do Brasil, modelo não utilizado em competições, e o de 1953 em comemoração ao cinquentenário (jubileu) do Grêmio.

O escudo de 1920 é inspiração nas bolas de futebol da época, sendo o modelo inicial da evolução do escudo do clube. Nos anos 30 o escudo passou a ter contornos em azul ao invés do preto, que ocupava apenas a parte central do escudo. Nos anos 40 o escudo perdeu os polos brancos, que passaram a ser azul, ganhando novamente um contorno preto. Nos anos 50 a cor do escudo ficou mais clara e foi removida as duas esferas existentes nos polos do escudo, esferas que somente seriam retomadas nos anos 60 com fundo branco.

Dos anos 20 até o início dos anos 60 pouca coisa havia mudado no escudo do Grêmio. A grande mudança veio no ano de 1963, quando a palavra GRÊMIO passou a ter destaque no escudo, ocupando a parte central do símbolo, ainda, a partir desta data as esferas dos polos passaram a ter fundo azul. O contorno, assim como nos anos anteriores, foi em preto. Essa foi sem dúvidas a mudança mais marcante no escudo, elaborado por comissão formada por Henrique Felippe Bonnet Licht, médico do clube, entre outros.

O logo não sofreu mudanças significativas nos anos 70, todavia, na década de 80 uma nova grande transformação, o logo passava a ter duas linhas de contorno uma maior em branco e uma fina em preto, no extremo do símbolo. Os escudos da década de 90 não sofreram grande modificação, uma vez que o clube acabou por encontrar um padrão ao escudo que atualmente é utilizado. Eventualmente foram feitas pequenas e até imperceptíveis modificações no escudo que se mantém ate hoje.

Abaixo os escudos com anos aproximados de sua utilização:

ESCUDOS DO GRÊMIO DESDE 1903
1903 1920 1922 1930 1940 1950 1953
Escudo Gremio 1903.png Arquivo:Escudo Gremio 1920.png Escudo Gremio 1922.png Escudo Gremio 1930.png Arquivo:Escudo Gremio 1940.png Arquivo:Escudo Gremio 1950.png Escudo Gremio 1953.png
1960 1963 1970 1980 1990 2000 e Atual
Arquivo:Escudo Gremio 1960.png Escudo Gremio 1963.png Arquivo:Escudo Gremio 1970.png Arquivo:Escudo Gremio 1980.png Arquivo:Escudo Gremio 1990.png Escudo Gremio 2000.png

Estrelas

Estrelas do Grêmio: bronze para títulos nacionais, prata para continentais e dourada para mundiais

Com a conquista dos grandes títulos dos Anos 80, o Grêmio decidiu destacar suas glórias, com isso criou um adorno em seu escudo. O Grêmio adicionou três estrelas, uma de bronze em referência ao Campeonato Brasileiro de 1981, outra prateada pela Libertadores de 1983 e uma terceira em dourado pelo Mundial de 1983.

As estrelas começaram a fazer parte inclusive da camisa do clube, prática que se mantém até hoje. Em que pese ainda seja utilizada, as estrelas atualmente possuem outro significado. Com as conquistas obtidas após a década de 80, o Grêmio destaca a estrela de bronze como as conquistas nacionais, Campeonatos Brasileiros, Copa do Brasil, Supercopa do Brasil; a estrela de prata se refere as conquistas continentais, Copas Libertadores e Recopa e a dourada pelo Mundial.

Bandeira

Assim como outros clubes e instituições, o Grêmio possui uma bandeira, hasteada a muitos anos em frente à seu estádio e presente massivamente na torcida em dias de jogos. A bandeira do Grêmio, assim como o escudo e a camisa, sofreram muitas alterações durante os anos antes de se tornar o que é hoje.

Bandeiras do Grêmio na antiga GrêmioMania do Olímpico

A primeira bandeira do Grêmio foi criada em 1904 tendo sido utilizada na passeata de inauguração do Estádio da Baixada no dia 4 de agosto. A bandeira de cores azul, preto e branco possuía listras intercaladas das respectivas cores e o escudo do clube no canto superior esquerdo, permaneceu como bandeira oficial até 1918.

Em 1918 o Grêmio acabou substituindo a primeira bandeira. Nas festividades de comemoração do Grêmio pela vitória contra a Seleção Uruguaia[carece de fontes]. O estandarte de caráter comemorativo tinha o mesmo formato da Bandeira do Brasil, com as cores do Grêmio e escudo do clube ao centro, e foi oferecida por uma torcedora para ser hasteada ao lado então bandeira do clube, mas, com o tempo, acabou substituindo a tradicional bandeira de 1904.

No dia 28 de maio de 1944 o Grêmio hasteava no Fortim da Baixada sua terceira bandeira, substituindo a então bandeira de 1918. A terceira mudança da bandeira foi forçada pela existência de vedação legal na utilização de símbolos nacionais. A nova bandeira em fundo azul como a antecessora, tinha o escudo do clube à esquerda, com seis linhas, sendo uma horizontal, em preto cortando ao meio a bandeira, uma vertical na mesma posição do símbolo e outras quatro em diagonais em branco, das pontas indo a encontro do símbolo. Na oportunidade o então dirigente do clube, Ary Delgado, discursou "Assim como as pessoas já encontram ao nascer a responsabilidade de um nome, esta bandeira hoje entregue ao Grêmio encontra uma gloriosa tradição".

As recorrentes mudanças na bandeira inaugurada em 1944 acabaram mudando a o local do escudo e a forma da bandeira, se assemelhando a bandeira da Grã-Bretanha, da mesma forma o escudo passou a levar a palavra GRÊMIO em destaque. A bandeira, em que pese a mesma, foi alterada novamente em 1970 quando passou a ostentar uma estrela dourada, em homenagem ao grande jogador Everaldo Marques da Silva, o primeiro atleta atuando por um clube gaúcho a ganhar uma Copa do Mundo de Futebol. A bandeira do Grêmio ainda passaria por pequenas modificações, mas nada que alterasse sua estrutura, que se mantém até hoje.

Abaixo réplicas aproximadas das bandeiras do Grêmio:

BANDEIRAS DO GRÊMIO DESDE 1903
1904-1918 1918-1944 1944-1963
Arquivo:Primeira Bandeira Grêmio.jpg Segunda Bandeira do Grêmio.png Terceira Bandeira Grêmio.png
1963-1970 1970 e Atual
Quarta Bandeira do Grêmio.png Atual Bandeira do Grêmio.png

Estrela Dourada

No dia 30 de junho de 1970, o Conselho Deliberativo do Grêmio realizou sessão solene para homenagear um dos maiores atletas gaúchos de todos os tempos, Everaldo Marques da Silva, nascido em Porto Alegre e até então atleta do clube, havia vencido o Mundial de Seleções no México, seis dias antes. A conquista, por si só grandiosa, trazia consigo outra grande façanha, Everaldo se tornara o primeiro jogador atuando por um clube gaúcho a se sagrar campeão mundial.

Pela façanha histórica, Everaldo recebeu o título de Atleta Laureado, duas cadeiras vitalícias no Estádio Olímpico Monumental e, a principal homenagem: uma estrela dourada em sua memória na bandeira do clube, para que o fato marcante para o futebol gaúcho fosse perpetuado.

Camisa do Grêmio

Hino do Grêmio

Mascote

Mascote na Arena do Grêmio

Não são precisas as informações a respeito do mascote do Grêmio, mas o fato principal confirmado pelas diversas fontes é que o mascote do Grêmio foi instituído graças a criação do chargista Pompeo, profissional do jornal Folha da Tarde, no ano de 1946.

Algumas fontes dizem que as tiras de charge eram publicadas nas segundas-feiras, outros dizem que eram nas terças-feiras e quintas-feiras, independente disso, é fato comprovado que fizeram razoável sucesso entre os torcedores, sobretudo os gremistas, que levavam a imagem do mosqueteiro, criada por Pompeo ao estádio.

Segundo informações, a imagem do mosqueteiro foi reproduzida em faixa com dizeres "Com o Grêmio, onde estiver o Grêmio", que futuramente foram adaptados e incorporados ao hino do clube, composto por Lupicínio Rodrigues. A frase acompanhou o desenho do mosqueteiro e ambos acabaram fazendo sucesso e parte da história do clube.

No livro Futebol e identidade social de Arlei Sander Damo, o escritor cita relato do gremista ilustre e supostamente um dos autores da faixa supracitada, Salim Nigri, sobre a história por trás do mascote gremista:


Segundo Salin, o mosqueteiro foi mesmo invenção do chargista Pompeu, da Folha da Tarde/Correio do Povo. Antes mesmo de iniciar o Campeonato Gaúcho de 1946, disputado apenas pelos clubes de Porto Alegre, a Folha da Tarde já anunciava que, às terças e sextas-feiras, seriam publicadas as charges do Pompeu e fazia uma breve explanação sobre o enredo e o perfil dos personagens. Resumidamente, “O Casamento da Rosinha” era uma metáfora sexual na qual a rosinha, “moça esbelta e vaidosa”, simbolizava o campeonato e, seus pretendentes, os clubes. Tinha o Zé Marmita, representando os colorados – “democrata cem por cento/quando surge o povo grita/Salve o Dr.Marmita”-, o Mosqueteiro, gremista – “esgrimista das palavras e da pelota” – e outros como o Seu Dindim, do Força e Luz – clube ligado à Companhia Carris, responsável pelos bondes – e o Seu Sertório, do Renner – um dos últimos “clubes de fábrica” do futebol gaúcho. O flerte da semana seguia de acordo com os resultados do domingo e, à medida que se aproximava o final do campeonato, a Rosinha voltava as suas atenções apenas para o Zé Marmita e Mosqueteiro, tendo, este Último, seduzido a moça. Cf Folha da Tarde entre 18/5/1946 e 1/10/1946.


A adesão ao mosqueteiro como mascote do clube aconteceu ainda em 1946. Segundo o Grêmio[1], o mascote simboliza a união e a bravura com que os gremistas se entregam à disputa, seguindo o espírito de “um por todos e todos por um”, como os mosqueteiros do romance de Alexandre Dumas.

O mascote possuiu inúmeras formas, inicialmente foi baseado na figura de um folclórico diretor gremista, Francisco Maineri. O primeiro mascote foi retratado como um sujeito rechonchudo e alegre, posteriormente surgiram outras imagens, oficiais ou não, sendo que atualmente o Grêmio adota um mascote atlético e alegre, criado nos anos 2000, além de divulgar o mascote de seu site GremioToons. Abaixo alguns mascotes oficiais ou não, relacionados ao Grêmio:

Escudos do Grêmio desde 1903
Mascote de 1967 Outros Outros Mascote de 2000 Outros Mascote GremioToons
Mascote Grêmio 1 1967.png Mascote Grêmio 2.png Mascote Grêmio 3.png Mascote Grêmio 4 2000.png Mascote Grêmio 5.png Mascote Grêmio 6.png

Jornal O Mosqueteiro

Para difundir a ideia do Mosqueteiro como mascote do clube, foi criado em 1946 o Jornal O Mosqueteiro que trazia notícias e curiosidades sobre o clube.

Publicações

Livros
  • DAMO, Arlei Sander. Futebol e identidade social. Uma leitura antropológica das rivalidades entre torcedores e clubes. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2002. ISBN 85-7025-635-3

Referências

  1. Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense. História do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense. Visitado em 27 de agosto de 2015.

Ligações externas