Estádio Olímpico Monumental

De Grêmiopédia, a enciclopédia do Grêmio
Ir para navegação Ir para pesquisar

ESTÁDIO OLÍMPICO MONUMENTAL
Estádio Olímpico Monumental
Informações
Nome Estádio Olímpico Monumental
Apelido Olímpico, Velho Casarãov
Características
Local Largo Patrono Fernando Kroeff, n.º 1, Bairro Azenha, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul (RS), Brasil Brasil
Gramado Bermuda Green (105m x 68m)
Capacidade 55.400
Construção
Data 12 de dezembro de 1951
Inauguração
Data 19 de setembro de 1954
Partida inaugural Grêmio 2x0 Nacional
Primeiro gol Vitor
Partida final Grêmio 1x0 Veranópolis
Último gol Werley
Recordes
Público recorde 98.471 (85.751 pagantes)
Data recorde 26 de abril de 1981
Partida recorde Grêmio 0x1 Ponte Preta
Informações gerais
Ampliado em 1980
Fechado em 2013
Implodido em Sem data
Proprietário Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense
Administrador Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense
Mandante Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense
Arquiteto Plínio Oliveira Almeida

O Estádio Olímpico Monumental, também conhecido como Olímpico ou Velho Casarão, é um estádio de futebol, da cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Foi o segundo estádio do Grêmio, construído de 12 de dezembro de 1951 até o ano de 1954, inaugurado em 19 de setembro de 1954 e ampliado em 1980. Foi à época de sua inauguração considerado o maior estádio privado do Brasil. Com a conclusão da Arena do Grêmio em 2012, foi desativado.

Precedentes

O primeiro estádio do Grêmio foi o Estádio da Baixada, inaugurado em 1904. A Baixada, como era conhecido o campo, foi casa do Grêmio até o início dos anos 50. A profissionalização do futebol e o crescente sucesso do Grêmio reunia cada vez mais torcedores para assistir as partidas do Tricolor, a Baixada se tornava pequena e ampliações não eram possíveis pelo pequeno espaço físico da propriedade gremista.

Assim, em 1950 o Grêmio realizava concurso buscando um projeto para o novo estádio. Duas propostas foram apresentadas, uma do engenheiro Armando Ballista e outra do arquiteto Plínio Oliveira Almeida. Ao final o projeto de Plínio acabou vencedor, mas o arquiteto não pode dar seguimento aos trabalhos no ano de 1953, que foi assumido pelo idealizador do projeto vencido, Ballista. Armando Ballista foi o responsável pela obra, tendo feito alterações no projeto original, visando dar mais conforto ao empreendimento, mas mantendo o desenho arquitetônico do projeto vencedor.

Para viabilizar a obra o Grêmio realizou diversos eventos visando angariar fundos, com participação ativa de sócios e até mesmo sorteio de veículos, raridade na época. A construção do estádio foi apontada como uma das principais causas pelo mau desempenho da equipe gremista nos anos anteriores, uma vez que o futebol havia sido, até certo ponto, deixado de lado, dando atenções prioritárias ao novo campo que estava em construção.

O estádio

Em 19 de setembro de 1954 o Grêmio inaugurava seu novo estádio. O jogo festivo foi contra o Club Nacional de Football, do Uruguai, em jogo extremamente pegado, com ambas as equipes buscando a vitória. A tensão era grande, tando que aos seis minutos do segundo tempo uma briga iniciou após o uruguaio Waldemar Gonzales desferir pontapé em Camacho. A partida inaugural foi interrompida cerca de 10 minutos, antes de prosseguir. Ao final, o Grêmio vencia o adversário uruguaio por 2x0, gols de Vitor aos 20 e 37 minutos, em sua primeira partida no novo estádio.

Após o jogo inaugural o Grêmio realizou um torneio triangular contra as equipes do Internacional e Liverpool, do Uruguai. O primeiro jogo foi vencido pelo Imortal por 4x0, mas o tricolor acabou sofrendo um revés contra o Colorado, perdendo por 6x2. Ao final, o rival ficou com a Taça Relógios Eska, prêmio oferecido ao vencedor do torneio.

A vitória do rival no amistoso poderia presumir que o estádio não teria influência na disputa do clássico daquele momento em diante. Não foi o que ocorreu, o revés no clássico e o título gaúcho do Internacional no ano seguinte marcariam o fim de uma supremacia vermelha que se aproveitou de um período em que o futebol foi deixado em segundo plano para que a construção do Olímpico fosse possível.

De 1956 até 1968 o Grêmio conquistaria 12 dos 13 Campeonatos Gaúchos, se tornando a principal referência do futebol do Sul do Brasil, participando de 90% das edições do Campeonato Brasileiro de Futebol nos anos 60. O sucesso do clube foi atribuído, além da equipe qualificada, ao novo estádio, à época o maior estádio privado do Brasil.

Em 1958 o Olímpico foi palco da primeira final do Grêmio, o título do Campeonato Gaúcho daquele ano. No decorrer dos anos seria o local de outras finais, como as finais da Copa do Brasil de 1989 e 1994, a Copa Libertadores da América de 1983, e o Campeonato Brasileiro de 1996.

No ano de 1963 o Estádio Olímpico foi palco do maior evento da história de Porto Alegre até os dias atuais, a Universiade de Verão de 1963, um evento multidesportivo Mundial, organizado para atletas universitários pela Federação Internacional do Desporto Universitário, disputado a cada dois anos desde 1959.

Apesar de sua inauguração em 1954, o Estádio Olímpico manteve obras nas décadas seguintes, visando a conclusão de seu segundo anel e da cobertura. Assim, em 1980, concluiu definitivamente o projeto, sobre a tutela de Plínio Oliveira Almeida, idealizador do projeto em 1950. O arquiteto contou com o auxílio de outros dois profissionais do ramo, os co-autores Rogério de Castro Oliveira e Fabio Boni.

Com a conclusão do projeto em 1980, o Grêmio venceu o Vasco da Gama, no dia 21 de junho do mesmo ano, pelo Festival de Reinauguração do Estádio Olímpico, gol de Baltazar. Após a reinauguração, o estádio passou a se chamar Estádio Olímpico Monumental.

Em 2009 o Estádio Olímpico foi o palco de outra grande façanha do futebol brasileiro. No Campeonato Brasileiro de 2009 o Grêmio conseguiu o recorde de finalizar a competição de forma invicta.

No ano de 2012 a equipe Sub-19 do Grêmio levantaria a última taça da história do estádio, em 1º de dezembro, com a conquista invicta da Copa da Federação Gaúcha. Ainda em 2012 foi anunciado que o Gre-Nal pelo Campeonato Brasileiro de 2012 seria a última partida do Velho Casarão. Contudo, as condições do gramado na nova Arena do Grêmio impediram que a nova casa fosse utilizada pelas rodadas iniciais do Campeonato Gaúcho de 2013, o que levou o clube a realizar três partidas no estádio.

Por fim, em 13 de fevereiro de 2013, a vitória do Grêmio sobre a equipe do Santa Cruz por 5x0, pelo Campeonato Gaúcho de 2013, selava o fim da vitoriosa história do segundo estádio gremista.


Referências