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Em [[29 de julho]] de [[2014]], o [[Grêmio]] anunciou o retorno de Felipão ao clube, ocupando o cargo deixado por [[Enderson Moreira]]. Scolari garantiu uma boa atuação do time tricolor, que passava por momentos de turbulência no comando do técnico anterior.
Em [[29 de julho]] de [[2014]], o [[Grêmio]] anunciou o retorno de Felipão ao clube, ocupando o cargo deixado por [[Enderson Moreira]]. Scolari garantiu uma boa atuação do time tricolor, que passava por momentos de turbulência no comando do técnico anterior.


No comando técnico, Luiz Felipe garantiu um score de 4x1 em [[Grenal]] realizado pelo [[Campeonato Brasileiro de Futebol de 2014]] para o Grêmio. À época o Grêmio não goleada o [[Internacional]] desde o ano de [[1990]], sendo um dos resultados mais expressivos da passagem do treinador pelo clube. Em [[19 de maio]] de [[2015]], sem conseguir repetir o sucesso da última passagem e ciente da crise financeira do clube, pediu demissão, abrindo mão de direitos trabalhistas e rumando à China logo depois.
No comando técnico, Luiz Felipe garantiu um score de 4x1 em [[Grenal]] realizado pelo [[Campeonato Brasileiro de Futebol de 2014]] para o Grêmio. À época o Grêmio não goleava o [[Internacional]] desde o ano de [[1990]], sendo um dos resultados mais expressivos da passagem do treinador pelo clube. Em [[19 de maio]] de [[2015]], sem conseguir repetir o sucesso da última passagem e ciente da crise financeira do clube, pediu demissão, abrindo mão de direitos trabalhistas e rumando à China logo depois.


===Guangzhou Evergrande e atualmente===
===Guangzhou Evergrande e atualmente===

Edição das 16h45min de 16 de novembro de 2017

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Luiz Felipe Scolari
{{{nome}}}
Felipão na última passagem pelo Grêmio
Informações pessoais
Nome completo Luiz Felipe Scolari
Data de nasc. 9 de novembro de 1948 (75 anos)
Local de nasc. Passo Fundo Rio Grande do Sul, Brasil
Nacionalidade BrasilItália
Altura 1,84 m
Apelido Felipão, Big Phil
Informações profissionais
Equipe atual Sem clube
Posição ex-zagueiro
Função Treinador
Números no Grêmio como Jogador
Jogos Gols Média
  • Não atuou no Grêmio como jogador.
Números no Grêmio como Treinador
Jogos Vitórias Empates Derrotas Aproveitamento
385 185               107               93 57.3%
  • A estatística pode estar incompleta.
Clubes de juventude
1966–1973 Aimoré
Clubes profissionais
Anos Clubes
1973–1979
1979–1980
1980–1981
1981
Caxias
Juventude
Novo Hamburgo
CSA
Times/Equipes que treinou
Anos Clubes
1982
1983
1983
1984–1985
1986
1986
1986–1987
1987
1988
1988–1990
1990
1990
1991
1991
1992
1993–1996
1997
1997–2000
2000–2001
2001–2003
2003–2008
2008–2009
2009–2010
2010–2012
2012–2014
2014–2015
2015–2017
CSA
Juventude
Brasil de Pelotas
Al-Shabab
CSA
Pelotas
Juventude
Grêmio
Goiás
Qadsia
Kuwait
Coritiba
Criciúma
Al-Ahli
Qadsia
Grêmio
Júbilo Iwata
Palmeiras
Cruzeiro
Brasil
Portugal
Chelsea
Bunyodkor
Palmeiras
Brasil
Grêmio
Guangzhou Evergrande

Luiz Felipe Scolari, também conhecido como Felipão (Passo Fundo, 9 de novembro de 1948) é um ex-futebolista e atual treinador brasileiro, que atuava como zagueiro. Felipão é um dos treinadores mais bem sucedidos da história do futebol brasileiro, tendo conquistado quase todos os grandes títulos possíveis a um técnico do Brasil. Foi campeão do mundo de futebol como técnico da Seleção Brasileira de Futebol em 2002, além de conquistar duas Copas Libertadores da América em 1995 e 1999 e diversos outros títulos continentais, nacionais e regionais, tanto no Brasil quanto em sua carreira internacional. Atualmente está sem clube.

Vida pessoal

Nascido na cidade de Passo Fundo no estado do Rio Grande do Sul, Felipão é filho de Benjamin e Cecily Leda Scolari. Luiz Felipe iniciou sua carreira futebolística no Aimoré aos dezessete anos, atuando como zagueiro pelos juvenis do clube de São Leopoldo, o mesmo clube e posição que pai havia jogado anos antes[1]. Felipão jogou no Aimoré de 1966 até 1973, no mesmo período dava aulas no Ginásio Industrial, hoje Escola AJ Renner, na cidade de Montenegro-RS, tendo inclusive disputado uma partida contra o Internacional em uma oportunidade, defendendo o clube Montenegro[2]. Tempos depois foi professor de educação física na Escola Estadual Cristóvão Mendonza e no Colégio La Salle Carmo, ambos em Caxias do Sul.

Nesse período Luiz Felipe vivia em Canoas, estudando conceitos de Educação Física no Instituto de Porto Alegre. Além de lecionar em Montenegro, atividade desempenhada nas manhãs, realizava treinamentos no Estádio Cristo Rei no restante do período. Apesar da jornada, Felipão já demonstrava empenho em busca de seu objetivo de ser jogador de futebol. Embora sua carreira profissional tenha iniciado tempos depois, chegou a jogar no futebol amador pela equipe do São Cristóvão e a participar de uma avaliação, as chamadas peneiras, no Internacional. Também se aventurou como lateral-direito, antes de se estabelecer na função de zagueiro.

Em 1973 casou com Olga Pasinato, hoje Scolari, com quem permaneceu unido até os dias atuais. Ambos se conheceram aos 16 anosErro de citação: Marca <ref> inválida; nomes inválidos, por exemplo, muito extenso, sendo parte do estimulo ao estudo de Felipão por imposição do pai de Olga. Após o casamento, Felipão e Olga foram viver na serra gaúcha, onde o ídolo gremista seguiu trilhando seu sonho de ser jogador, sempre com a bênção de Nossa Senhora do Caravaggio, da qual é grande devoto. Outro destaque pessoal de Luiz Felipe é sua cidadania italiana, concedida em razão de seus avós serem imigrantes da região de Vêneto.

Carreira de jogador

Apesar das aventuras nos times do Colégio Conceição, onde estudou, do São Cristóvão e do Montenegro, foi em 1969, com a contratação pelo Aimoré, que Felipão finalmente iniciava sua carreira no futebol profissional. Foi no Aimoré que começou a construir sua carreira, inicialmente como lateral-direito, depois definitivamente como zagueiro. Mas não foi apenas a carreira profissional que começou a ser construída ali, como também sua fama de linha-dura e extremamente dedicado.

No Aimoré foi o líder da equipe em campo, em um plantel conhecido por muitos como o “melhor Aimoré de todos os tempos”Erro de citação: Marca <ref> inválida; nomes inválidos, por exemplo, muito extenso. Em que pese o tradicional clube de São Leopoldo tivesse obtido grandes feitos em outros períodos de sua história, de fato aquele Aimoré foi um dos últimos times até os dias atuais que conseguiu fazer frente aos demais clubes da primeira divisão gaúcha, obtendo inclusive um quarto lugar no estadual, melhor classificação do índio capilé na competição.

Em 1973 o já conhecido Felipão foi incumbido de negociar o contrato de Mauricio, seu colega de campo no Aimoré, devido a sua capacidade e personalidade. Não só conseguiu um bom contrato para o centro-médio do time de São Leopoldo, como também despertou interesse dos dirigentes do Caxias, que o contrataram. Luiz Felipe chegou em um momento de transição do Caxias, à época conhecido como Flamengo. O clube de Caxias do Sul iniciava tempos depois da chegada de Felipão a construção de seu novo estádio, o Centenário, visando garantir para si uma vaga no Campeonato Brasileiro de Futebol de 1976, graças a uma promessa da Confederação Brasileira de Desportos, hoje CBF.

O novo Estádio do Caxias, inaugurado em 1976, deu início aos trabalhos em partida contra o Internacional, em vitória por 2x1 dos donos da casa e com Felipão em campo. A verdade é que a vitória sobre o futuro campeão brasileiro de 1976 não foi mera coincidência, aquele Caxias, que terminaria o Brasileiro em quinto lugar no Grupo A com a mesma pontuação do Palmeiras, último classificado, foi uma das grandes equipes da história do clube Grená, conseguindo ficar entre os quatro primeiros no Gauchão em cinco dos seis anos que Felipão esteve no clube.

E não foi só de vagas que viveu o Caxias de Felipão, a equipe Grená conquistou grandes feitos, incluindo quatro títulos de Campeão do Interior e uma Seletiva do Campeonato Brasileiro. Foi também duas vezes vice-campeã da Copa Governador do Estado. Do Caxias Felipão rumou ao Juventude em 1979, não repetindo o sucesso desempenhado na equipe do Caxias. O período curto de 1979 até 1980 e suposto desentendimento com dirigentes do clube alvi-verde, contribuíram para que a passagem do zagueiro tenha sido apagadaErro de citação: Marca <ref> inválida; nomes inválidos, por exemplo, muito extenso.

Depois da passagem pelo Juventude foi para o Novo Hamburgo e de lá acabou contratado pelo CSA no ano de 1981. Em razão das limitações dos clubes que defendeu, Felipão foi conquistar o maior título de sua carreira de jogador justamente no time alagoano, com a vitória no Campeonato Alagoano de Futebol de 1981. O título estadual colocava fim à jornada de Luiz Felipe como jogador, mas dava início a uma carreira muito mais destacada como técnico, onde brilharia e se tornaria um dos maiores nomes de todos os tempos.

Carreira de treinador

O início

Felipão pendurou as chuteiras em 1981, mas logo no ano seguinte iniciaria a profissão a qual estava predestinado a brilhar. Com estilo característico de liderança, sua forma linha-dura e ao mesmo tempo paternal, Luiz Felipe foi chamado para ser o treinador da equipe. Sua primeira experiência na casamata foi curta, com estreia em 17 de janeiro, deixou o clube em 10 de fevereiro com uma campanha de uma vitória, quatro empates e duas derrotas, apesar de garantir um 3x3 contra o tradicional Fluminense em 7 de janeiro no Estádio Rei Pelé. O treinador não defendeu o time pelo campeonato estadual, comandando a equipe apenas em sete jogos pelo Campeonato Brasileiro de Futebol de 1982.

Depois da passagem relâmpago pelo CSA, Felipão retorna em 1983 ao Rio Grande do Sul, dessa vez para treinar seu ex-clube, o Juventude. No mesmo ano seria contratado pelo Brasil de Pelotas, onde acabou vice-campeão do Campeonato Gaúcho de 1983 ao vencer o Grêmio por 4x0 na decisão do vice-campeonato. Com a façanha de vencer o Campeão do Mundo de 1983, Felipão despertou interesse no outro lado do Mundo, sendo contratado pelo Al-Shabab, de Riyadh, na Arábia Saudita, onde ficou de 1984 até 1985.

No ano de 1986 Luiz Felipe retorna ao Brasil, novamente para treinar o CSA e mais uma vez por pouco tempo. Com seu nome marcado na história do futebol pelotense, Felipão retorna à cidade de Pelotas, mas dessa vez para treinar a equipe do Pelotas, arqui-rival do Brasil, clube com o qual havia conquistado o vice-campeonato estadual anos atrás. De Pelotas retorna ainda em 1986 para o Juventude, onde conquista o título de Campeão do Interior de 1986, em 1987 fez parte da campanha do clube alvi-verde que garantiu a participação da equipe juventudista no módulo amarelo do Campeonato Brasileiro de 1987.

Primeira passagem pelo Grêmio

Com as boas atuações e relevantes trabalhos realizados no interior do Rio Grande do Sul, Luiz Felipe é contratado como técnico do Grêmio no ano de 1987, ocupando o lugar do uruguaio Juan Martín Mujica. Felipão assume o time em 3 de junho, comandando o elenco em 15 jogos pelo estadual, inclusive em quatro Grenais, onde venceu dois e empatou o restante. Como resultado, conquista seu primeiro grande título pelo Grêmio, o Campeonato Gaúcho de Futebol de 1987.

Logo após a conquista do estadual, Luiz Felipe lidera o Grêmio em sua excursão à Europa, onde venceria o tradicional Torneio de Berna de 1987, ao vencer o Benfica e o Neuchâtel Xamax, retornando invicto do velho continente após nove jogos contra europeus.

Pelo Campeonato Brasileiro de Futebol de 1987, Felipão liderou o clube na campanha que acabou em 5º lugar para o Imortal. Mesmo com o bom resultado no estadual, Luiz Felipe acabou deixando o clube tricolor ao final da temporada, dando lugar a Otacílio Gonçalves da Silva.

Continuidade da carreira

Após sair do Grêmio, Felipão foi contratado pelo Goiás em 1988, mas sua passagem durou muito pouco tempo. Ainda naquela temporada, Felipão receberia uma proposta do Qadsia, que à época atraia grandes nomes em razão do bom momento econômico vivido pelo Kuwait em razão do petróleo[3].

No clube kuwaitiano, foi campeão da Copa do Emirado do Kuwait e Taça da Liga Koweit, permanecendo no clube até 1990, quando assumiu a Seleção Kuwaitiana de Futebol e conquistou a Copa do Golfo de 1990. Ainda em 1990, retorna ao Brasil para treinar o Coritiba.

A carreira de Felipão se consolidaria ainda na década de 90. Com a transferência para o Criciúma em 1991, Luiz Felipe marcaria seu nome na história do futebol catarinense ao vencer a Copa do Brasil de 2001 sobre o Grêmio, o maior título nacional do futebol catarinense até os dias atuais.

No clube criciumense ainda conquistaria o Campeonato Catarinense de Futebol antes de retornar ao futebol saudita para defender o Al-Ahli ainda em 1991. Felipão retornou ainda ao Qadsia antes de sua volta ao Grêmio no ano de 1992.

Segunda passagem pelo Grêmio

Após decisões memoráveis entre Luiz Felipe e Grêmio, com destaque no Campeonato Gaúcho de 1983 e Copa do Brasil de 1991, bem como sua passagem anterior, Felipão retornaria ao Grêmio em 2 de setembro de 1993, com objetivos muito claros de recolocar o Grêmio no mapa dos grandes clubes do Brasil após o decesso em 1991.

O técnico gremista sofreu grande pressão de início, em razão do rendimento no Campeonato Brasileiro de Futebol de 1993, onde acabaria eliminado na primeira fase. Na verdade a temporada de 1993 foi um recomeço tumultuado do Tricolor, retornando da segunda divisão, o Grêmio deixou escapar o título da Copa do Brasil diante do Cruzeiro. A conquista do Campeonato Gaúcho de Futebol de 1993 acabou sendo o alento para a torcida gremista.

Pressionado, o então presidente Fábio André Koff, campeão do Mundial de Clubes de 1983 e da Copa Libertadores da América no mesmo ano, bancou a permanência do técnico no ano de 1994. Meses depois, Luiz Felipe conquistaria a Copa do Brasil de 1994 sobre o Ceará, título que contou com grande campanha invicta e duelos contra grandes clubes como Vasco e Corinthians. A equipe cearense foi grandiosa no decorrer de toda a competição, vencendo equipes consagradas como o Palmeiras e o Internacional, mas acabou derrotada no último confronto em busca do título.

A taça da Copa do Brasil não era o único motivo de comemoração da torcida gremista. Com a conquista, o Grêmio garantiu sua participação na Copa Libertadores da América. Em uma temporada memorável, Felipão levaria o Grêmio ao título da Copa Libertadores da América de 1995, Campeonato Gaúcho de 1995 e a Copa Sanwa Bank de 1995, além da final da Copa do Brasil de 1995 e do Mundial de Clubes de 1995, vencidos por Corinthians e Ajax.

No ano de 1996, Luiz Felipe garantiria outras conquistas para o Tricolor Gaúcho, o Campeonato Brasileiro de Futebol de 1996, a Recopa Sul-Americana de 1996 e o Campeonato Gaúcho de Futebol de 1996, garantindo uma tríplice coroa ao Grêmio e marcando definitivamente seu nome como um dos maiores ídolos da história do clube.

Carreira vitoriosa em outros clubes

Após sua grandiosa passagem pelo Grêmio, Felipão foi contratado pelo clube japonês Júbilo Iwata em 1997, em momento marcante do futebol nipônico, que iniciava grandes investimentos e profissionalização. As dificuldades do idioma e a própria limitação estrutural e humana do futebol local não permitiram ao treinador um grande trabalho, fundamentando seu retorno ao futebol brasileiro na mesma temporada.

A volta ao país do futebol foi patrocinada pelo Palmeiras, à época a grande "Seleção Parmalat", apelido em razão do financiamento pesado da gigante de laticínios ao clube alvi-verde. No clube paulista, Felipão conquistou o vice do Campeonato Brasileiro de Futebol de 1997, perdendo a decisão para o Vasco da Gama, de Edimundo, equipe que viria a ser campeã da Copa Libertadores da América de 1998.

No ano seguinte conquistaria a Copa do Brasil de 1998 ao vencer o Cruzeiro na final, sua terceira conquista na competição. Venceria ainda a Copa Mercosul de 1998, novamente em final contra o Cruzeiro de Belo Horizonte. A conquista foi o primeiro título continental do clube palmeirense.

Apesar da passagem já destacada, foi em 1999 que Felipão atingiu o auge na casamata do Palmeiras. Com um grande elenco, Luiz Felipe conquistaria a Copa Libertadores da América contra o Deportivo Cali da Colômbia, nos pênaltis. No Mundial de Clubes, acabou derrotado por 1x0 pelo Manchester United.

Luiz Felipe ficou no Palmeiras até 2000, quando se transferiu para o Cruzeiro, equipe que tinha sido algoz no ano de 1998, quando venceu as duas finais disputadas. Como técnico do celeste de Belo Horizonte, conquistou a Copa Sul-Minas de 2001, antes de assumir a Seleção Brasileira.

Primeira passagem pela Seleção Brasileira

Em 2001 Luiz Felipe foi convocado para treinar a Seleção Brasileira, seu currículo vitorioso e filosofia de trabalho foram determinantes para a contratação, sendo o técnico considerado ideal para recuperar a auto-estima da Seleção, maculada por constantes insucessos dentro de campo. Sucessor de Emerson Leão, Felipão recebia em suas mãos uma seleção desacreditada, ameaçada de não se classificar para a Copa do Mundo de Seleções.

Após assumir a Seleção Canarinho, Felipão organizou o time e garantiu classificação na Copa do Mundo de 2002, mas derrotas como a sofrida para a Seleção de Honduras na Copa América de 2001 mantinham grande pressão sobre o técnico, sobretudo após a não convocação de Romário para a Copa de 2002.

Por fim as decisões tomadas pelo treinador foram decisivas para a conquista do título. As apostas em Ronaldo Fenômeno e Rivaldo, que decidiram o Mundial daquele ano, foram determinantes, sendo a conquista do Mundial de Seleções pelo Brasil obtida com uma campanha de 100% e vitória na final sobre a Seleção Alemã.

Seleção Portuguesa

Luiz Felipe permaneceu como técnico da Seleção Brasileira até 2003, quando decidiu defender a Seleção Portuguesa, levando a equipe até a final da Eurocopa de 2004, sendo derrotado pela Seleção da Grécia no Estádio da Luz, em Portugal. Até então a maior façanha da Seleção Portuguesa em sua história.

Em 5 de julho de 2003 foi agraciado com o título de Comendador da Ordem do Infante Dom Henrique em razão da campanha na Eurocopa. Mas seu verdadeiro préstimo à Seleção local foi a brilhante campanha na Copa do Mundo de Seleções de 2006, quando levou Portugal até as semifinais da competição, derrotando a Seleção Neerlandesa e Inglesa, nas oitavas e quartas de final, respectivamente. Felipão apenas foi eliminado diante da Seleção Francesa nas semifinais, ficando em quarto lugar na competição após uma derrota para a Seleção Alemã.

Luiz Felipe permaneceu no comando da Seleção Portuguesa até 2008, enfrentando o Brasil em duas oportunidades, ambas de vitória de Portugal, por 2x1 e 2x0, em 2003 e 2006, respectivamente.

Chelsea, Bunyodkor e retorno ao Palmeiras

O sucesso de Felipão na Seleção Portuguesa despertou o interesse da equipe inglesa do Chelsea, que o contratou em 1º de julho de 2008. A estréia do treinador foi em 17 de agosto de 2008, em vitória do Chelsea sobre o Portsmouth por 4x0. Em 9 de fevereiro de 2009 foi demitido do comando técnico do clube londrino em razão de problemas internos, sendo também creditado que os poucos investimentos no futebol contribuíram para uma série de maus resultados da equipe inglesa e consequente demissão do treinador[4].

Pouco tempo depois de deixar o Chelsea, Luiz Felipe assumiu o Bunyodkor, do Uzbequistão, em 1º de julho de 2009. Em outubro do mesmo ano, conquistou de forma invicta o Campeonato Uzbeque de Futebol de 2009, com quatro rodadas de antecipação após 23 vitórias seguidas. Em uma campanha de 95,55% de aproveitamento, Felipão conquistou 28 vitórias e 2 empates, sem ter perdido sequer uma vez.

Em 13 de junho de 2010 Scolari foi anunciado como novo treinador do Palmeiras, substituindo Antônio Carlos Zago. Felipão conquistou sua quarta Copa do Brasil em 2012, ao vencer de forma invicta a competição e garantir ao Palmeiras um título de expressão após jejum de 14 anos, mas acabou demitido do clube em 13 de setembro de 2012, após sucessivos maus resultados no Campeonato Brasileiro de Futebol de 2012, que culminou com o rebaixamento do clube alvi-verde, mesmo após a saída do técnico.

Segunda passagem pela Seleção Brasileira

Na data de 28 de novembro de 2012 Felipão selou seu retorno à Seleção Brasileira, em comissão técnica formada por outro importante nome, Carlos Alberto Parreira. Meses depois, conquistaria a Copa das Confederações de 2013, recuperando parte da confiança da torcida e mídia nacional após vencer grandes seleções como a Itália, Uruguai e Espanha, então campeã do Mundo, na final.

Na Copa do Mundo de Seleções realizada no Brasil, levou a Seleção Brasileira até a semifinal da competição, tendo sofrido a pior derrota de sua carreira, após perder por sete gols diante da Seleção Alemã, score final de 7x1 para os visitantes. Na disputa do terceiro lugar, mais uma derrota, dessa vez para a Seleção Neerlandesa, culminou na já esperada demissão do treinador.

Terceira passagem pelo Grêmio

Em 29 de julho de 2014, o Grêmio anunciou o retorno de Felipão ao clube, ocupando o cargo deixado por Enderson Moreira. Scolari garantiu uma boa atuação do time tricolor, que passava por momentos de turbulência no comando do técnico anterior.

No comando técnico, Luiz Felipe garantiu um score de 4x1 em Grenal realizado pelo Campeonato Brasileiro de Futebol de 2014 para o Grêmio. À época o Grêmio não goleava o Internacional desde o ano de 1990, sendo um dos resultados mais expressivos da passagem do treinador pelo clube. Em 19 de maio de 2015, sem conseguir repetir o sucesso da última passagem e ciente da crise financeira do clube, pediu demissão, abrindo mão de direitos trabalhistas e rumando à China logo depois.

Guangzhou Evergrande e atualmente

Em 4 de junho de 2015, Scolari foi anunciado como novo técnico da equipe do Guangzhou Evergrande. No comando do clube chines, Felipão conquistou a Liga dos Campeões da AFC em 2015, o Campeonato Chinês de 2015, 2016 e 2017; a Copa da China em 2016 e a Supercopa da China em 2016 e 2017. Em 16 de outubro de 2017 anunciou que não renovaria com o clube da China, desde então está sem clube.

Referências

  1. Acervo Personalidades Luis Felipe Scolari acervo.estadao.com.br (16 de novembro de 2017). Visitado em 16 de novembro de 2017.
  2. Ex-craques participam de encontro com Felipão www.fatonovo.com (3 de Setembro de 2013). Visitado em 16 de novembro de 2017.
  3. Ex-presidente do Goiás recorda o dia em que deu emprego a Felipão superesportes (11 de junho de 2013). Visitado em 16 de novembro de 2017.
  4. Imperador, traição e sabotagem: os sete meses de Felipão no Chelsea globoesporte.globo.com (23 de março de 2013). Visitado em 16 de novembro de 2017.